O que sabemos sobre serviço de streaming da Disney até agora



Há alguns meses, a Disney vem preparando o terreno para lançar seu próprio serviço de streaming. A intenção é aproveitar-se do vasto catálogo de filmes e séries que o estúdio (e agora também a Fox) detém. Reunimos aqui as principais informações já divulgadas sobre esse vindouro serviço de entretenimento.

Previsão de lançamento

Recentemente, o CEO da Disney, Bob Igerfalou com os acionistas da Disney para dar previsões quanto ao que esperar do tal serviço de streaming. Na reunião, ele avisou que ainda há muito progresso a ser feito no desenvolvimento da plataforma. A previsão atual do executivo é que um lançamento aconteça na metade final de 2019.
Não sabemos ainda se o lançamento do serviço será global ou se haverá uma divulgação continua, liberando a plataforma paulatinamente em diferentes países do globo. A falta de licença de alguns filmes para distribuição na TV pode atrasar o serviço em certos países, mas a Disney vem tentando recuperar esses contratos.

Preço da assinatura

Não há muitos detalhes concreto quanto ao preço do serviço, mas a Disney deseja que a plataforma seja competitiva. Na reunião com acionistas, Iger mencionou rapidamente que o preço deve ser menor do que os fãs esperam. Ele garantiu que será uma taxa inferior a de sua principal concorrente, a Netflix.
O pacote padrão da Netflix atualmente custa R$ 27,90.

Orçamento das produções

A Disney quer mesmo concorrer contra os gigantes no mundo do streaming e não pensa em poupar recursos para isso. Já existem diversas produções planejadas e o orçamento de algumas delas deve ser farto.

De acordo com uma reportagem do The New York Times, o carro-chefe da plataforma será a série de Star Wars feita por Jon Favreau, o diretor de Homem de Ferro e Mogli. O seriado terá 10 episódios, com um montante investido de US$ 100 milhões por temporada.

Esse investimento faz da série de Star Wars uma das mais caras atualmente na televisão. O custo está em um mesmo patamar orçamentário de Game of Thrones, que tem um custo médio similar.
Além da Galáxia Tão Tão Distante, a Disney pretende trazer diversos outros produtos reconhecidos, como Monstros S.A. e High School Musical. Essas outras séries também terão altos orçamentos, com um suposto valor que gira em torno de US$ 25 milhões até US$ 35 milhões.
Os filmes originais também vão ter orçamentos robustos. A imprensa internacional está reportando que os custos destes filmes vão de US$ 20 milhões até US$ 60 milhões.

Séries e filmes

Não são poucos os filmes e séries já planejados para este vindouro serviço. Os mais importantes são a série de Star Wars, um remake de A Dama e o Vagabundo e um spin-off de Monstros S.A.
Confira uma lista das séries originais planejadas:
  • Star Wars de Jon Favreau
  • Spin-off de Monstros S.A.
  • High School Musical
  • Muppets
  • Séries da Marvel (ainda não descritas)
  • Star Wars: The Clone Wars
  • Mighty Ducks
E também dos filmes que estão em pré-produção
  • Remake de Peter Pan
  • Remake de A Dama e o Vagabundo
  • Remake de A Espada Era a Lei
  • Timmy Failure – um filme original do diretor Tom McCarthy (Spotlight), que custará US$ 45 milhões
  • Togo – um filme original de Natal com Anna Kendrick (A Escolha Perfeita) protagonizando
  • Remake de Três Solteirões e um Bebê
  • The Paper Magician – um filme baseado no romance de Charlie N. Holmberg sobre uma escola de magia
  • Stargirl – um filme baseado em um romance infantojuvenil
  • Don Quixote – um filme baseado no clássico de Cervantes que será escrito e dirigido por Billy Ray (Capitão Phillips)
  • Father of the Bride
  • Remake de Querida, Encolhi as Crianças

Possibilidades com a aquisição da Fox

Todo este conteúdo planejado até o momento é apenas baseado nas propriedades intelectuais da Disney. O acordo com a Fox vai abrir novas possibilidades, como conteúdo de esportes da Fox Sports, os documentários e programas da National Geographic, as séries da FX e até os filmes artísticos da Fox Searchlight.

Luta por direitos de alguns filmes

Durante os últimos meses, Iger e sua equipe vem tentando negociar contratos para conseguir a licença de distribuição de certos produtos que antes estavam com plataformas terceirizadas. Os filmes da Marvel estavam na Netflix estrangeira e Star Wars era transmitido em canais de TV fechada da TBS.
Em 2016, a empresa vendeu os direitos dos filmes de Star Wars para a TBS e TNT. Foi um acordo de US$ 275 milhões que cede os direitos de exibição na TV até 2024. Com o serviço lançando em 2019, Bob Iger quer romper esse contrato e assim conseguir ter os filmes de Star Wars na plataforma de streaming. A Turner Television já disse que está disposta a negociar, desde que tenha uma compensação monetária para isso.

Já do lado da Netflix não vai ser necessária uma rescisão de contrato. O acordo de distribuição entre as duas empresas vai até o final de 2019. E a Disney não deve negociar uma renovação.
Netflix já anunciou que a mudança nos contratos só vale para os Estados Unidos e não vai afetar as séries em parceria com Marvel (como Os DefensoresJessica Jones, Punho de Ferro e Demolidor).

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