O Bem Mais Preciso: Uma Elegia ao Tempo Perdido

Por um instante, feche os olhos e imagine: se a ampulheta da vida pudesse ser virada, o que você faria diferente? Para muitos, essa pergunta é apenas retórica, mas para aqueles na fila da morte, ela se transforma em um lamento, um eco profundo de arrependimentos. É sobre o tempo, o bem mais precioso que temos, que esta crônica se debruça. Os homens, como bons tolos que são, gastam seus dias correndo atrás do que não importa. Trabalham horas insalubres para comprar aquilo que não precisam. Discutem por vaidades que não lembrarão no ano seguinte. Apaixonam-se pelas pessoas erradas e ignoram as certas. Vivem, mas não sentem a vida. Tudo enquanto o relógio – impiedoso e insensível – avança com o ritmo de um carrasco que não se atrasa para a execução. Certa vez, realizaram uma pesquisa num asilo, lugar onde as rugas contam histórias e o silêncio grita mais que as palavras. Perguntaram aos idosos, muitos à beira do último suspiro, do que mais se arrependiam na vida. A resposta n...