O Jogo de Barbante: O Retrato da Incerteza no Amor Contemporâneo

Eu vi uma cena ontem, e, como sempre, o inevitável veio à minha mente. Estava saindo do trabalho quando avistei um homem e uma mulher se encontrando na rua. Não havia nada de extraordinário, ou ao menos parecia ser o tipo de encontro que poderia passar despercebido, se não fosse pela estranha dinâmica entre eles. O homem, visivelmente carente de algo mais, tentava beijá-la na boca. Ela, por sua vez, desviava, mas não soltava. A mulher se mantinha ali, suspensa na tensão, evitando o beijo, mas ao mesmo tempo não afastando-se. Parecia haver um jogo inusitado de “vai-não-vai”, onde cada um jogava a bola de um lado para o outro sem saber exatamente o que fazer com ela. Naquele instante, eu pensei: "Isso, meus caros, é o que chamo de barbante". Sim, um jogo onde um puxa, o outro solta, e tudo se mantém preso por um fio invisível, uma linha tênue de incertezas e expectativas não resolvidas. Uma dinâmica onde as pessoas se permitem ficar no limbo, divididas entre o que desejam e o q...