Resenha: O Homem Eterno por G. K. Chesterto
Sinceramente falando não sou digno de resenhar sobre esta obra. Não porque eu não entendi o que li, não é isso. A sua densidade, o seu peso é grande demais. É como carregar um fardo às costas a cada capítulo, muito pela responsabilidade que nos é impingida, mesmo que seja de uma forma sutil.
Os argumentos são como uma locomotiva em uma velocidade assustadora, passando sobre os trilhos de nossa mente mal parando nas estações de raciocínio. Esta obra é magistral, e a sua carga não é leve.
Dito isto, de forma honesta e sincera, recomendo com certeza a leitura, porém, desde que tenha lido outras obras do autor. Pois o arcabouço usado nesta, muito tem das outras tantas que realizou. Há uma ligação, mesmo que intrinsecamente, do pensamento do Sr. Bigode por entremeios dos seus escritos tão ricos e bem elaborados.
O Homem Eterno é afirmação não só de um argumento, mas da história da humanidade. Não é a história em si que é eterna, mas quem a fez, pois, Ele é a própria.
O homem rasteiro em sua ambição desenfreada, não necessariamente sua, mas por intermeio dos maus agouros e espírito da soberba e tantos outros espíritos malignos, acreditou (alguns muitos ainda acreditam) piamente que a humanidade em si é absoluta. Ungidos seres de sabedoria própria, ditando regras, conceitos e tudo mais, tendo plena certeza de sabedoria, inatingíveis.
Aqui, através da simplicidade, honestidade, ironia e um toque doce de sarcasmo, Sr. Bigode mostra cristalinamente que, de tanto estavam não só errados, mas condenados. No entanto, a salvação dos loucos veio e se faz presente, e eles, como que cegos ou simplesmente não querendo enxergar flertaram dia e noite com ela. Enquanto seus impérios, "religiões", suas loucuras ruíram, ela permaneceu incólume, branda e alva, límpida e celeste, apenas aguardando a volta dos seus para a eternidade.
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