O Brasil Prisão por Prisão Continua Burro: A Tragédia Intelectual de um País que Não Aprende Nunca

 



A prisão de um ex-presidente não é sinal de evolução política é apenas mais uma prova da nossa miséria intelectual. Um país que repete os mesmos erros há 200 anos não tem o direito de fingir surpresa. Somos uma nação que troca de herói como quem troca de figurinha, mas mantém intacta a burrice coletiva que sustenta nossos fracassos.

E o mais triste: enquanto os fatos se acumulam, as ideias seguem enterradas. O brasileiro não quer compreender nada, não quer estudar nada, não quer pensar nada. Quer um ídolo. Quer um inimigo. Quer uma narrativa pronta. Quer um culpado para xingar no almoço de domingo.

Bolsonaro? Lula? Collor? Jânio? Getúlio?

Todos são atores. O enredo ruim somos nós.

Elevamos homens ao céu por bravata, meme e fanatismo. Depois os derrubamos com a mesma ferocidade histérica. Chamamos isso de política. Na verdade, é só imaturidade. É só ignorância. É só emocionalismo barato travestido de consciência cívica.

A prisão do ex-capitão não revela quem venceu ou perdeu revela quem sempre perde: o povo que não pensa. A pobreza ideológica do bolsonarismo não é exceção é reflexo do nosso deserto intelectual. Somos tão rasos que não conseguimos enxergar a diferença entre um projeto de país e um ídolo improvisado.

O brasileiro transformou a política em espetáculo de quinta categoria, e que vivemos com o “complexo de vira-lata” da inteligência. Somos uma plateia desesperada por ver sangue, mas incapaz de entender a peça.

Diria que tudo isso é resultado de décadas de gente que não lê, não estuda, não tem pensamento próprio e por isso se deixa manipular por slogans, influenciadores e bravatas.

E no fundo, ambos estariam certos.

Porque a prisão de um ex-presidente não é o retrato de um país forte.

É o retrato de um país emocionalmente infantil, intelectualmente preguiçoso e politicamente analfabeto.

Enquanto tratarmos a política como torcida organizada, continuaremos assim: colecionando escândalos, prisões e decepções sem aprender absolutamente nada. E a grande tragédia é saber que o ciclo se repetirá, porque o problema nunca foi o presidente.

O problema sempre foi e continua sendo o brasileiro.




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