Fim da Lei Magnitsky: Quando a Sanção Não Alcança os Poderosos, Até Quando o Brasil Vai Esperar um Salvador?
O Brasil, mais uma vez, se encontra à deriva nas águas turvas da moralidade pública e do autoritarismo travestido de justiça. O fim da Lei Magnitsky, que soou como um soco na cara de muitos e um alívio para outros não é apenas o fim de uma lei. É o fim de uma era. Uma era onde o Brasil ainda acreditava que existia algum tipo de repreensão para os atos de seus líderes.
E quem, senão Alexandre de Moraes, o “grande inquisidor” da Corte, para ser o artífice da destruição final de qualquer vestígio de independência judicial ou liberdade democrática que ainda restava?
Certamente escreveria sobre o Brasil como uma terra que, ao invés de evoluir, desce cada vez mais aos abismos da corruptela moral. O brasileiro se acostumou tanto a viver nas sombras que, quando a lei se acende, ele teme a luz.
De que adianta uma lei que combate os corruptos e os oligarcas internacionais, se dentro do próprio país os políticos e juízes se tornam os novos donos da moral? A Lei Magnitsky não será mais que uma lembrança de uma época em que o Brasil acreditava em uma justiça que não se curvava ao poder.
O problema não é a revogação da lei, mas a mentalidade submissa de um povo que se acostumou a ser vassalo. Ele apontaria com o dedo acusador para a elite intelectual brasileira, que, ao invés de reagir, assiste passivamente a destruição do Estado de Direito. A revogação da lei, ao contrário de ser uma derrota diplomática, é uma vitória moral para os corruptos uma vitória que não incomoda, porque é a vitória do apático.
“O Brasil não se encontra em uma crise de leis, mas em uma crise de caráter.” Se o povo brasileiro não consegue perceber que suas próprias cadeias não estão apenas em seus governantes, mas em sua mentalidade colonizada, nunca haverá salvação. O país está numa busca incessante por heróis, quando, na verdade, a salvação está nas mãos de um povo que recupere a coragem de enfrentar suas próprias fraquezas.
O fim da Lei Magnitsky é, portanto, uma cortina de fumaça que encobre o verdadeiro drama do Brasil. O país não está sendo invadido por forças externas. O que acontece aqui, dentro das fronteiras, é muito mais grave: a tirania interna que consome o espírito do povo e da nação.
É preciso mais do que uma nova lei. O Brasil precisa de homens. Homens dispostos a enfrentar o despotismo disfarçado de justiça, homens capazes de olhar para o espelho e se questionar: “Qual é a minha responsabilidade?” Ou, como a mudança só virá quando o povo finalmente perceber que não existe salvação política sem um despertar espiritual.

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