Coringa: A Tragédia do Homem Sem Deus
Coringa (2019) se passa na Gotham City dos anos 1980, uma cidade afundada no caos e na miséria, onde Arthur Fleck (Joaquin Phoenix) tenta sobreviver como palhaço e aspirante a comediante. Ele sofre de problemas mentais, enfrenta o descaso da sociedade e é constantemente humilhado e maltratado. Sua vida começa a desmoronar completamente, levando-o a um colapso psicológico que o transforma no vilão que conhecemos. O filme, dirigido por Todd Phillips, explora o nascimento do Coringa como uma figura trágica e aterrorizante, abordando questões sociais e psicológicas com uma brutalidade crua.
Já Coringa 2: Folie à Deux (2024) promete continuar essa narrativa, mergulhando ainda mais fundo na psique perturbada de Arthur Fleck. O filme, novamente dirigido por Phillips, introduz Lady Gaga no papel de Harley Quinn, a psiquiatra que se apaixona por Arthur e eventualmente se torna sua cúmplice. Aqui, vemos a escalada do Coringa de uma figura marginalizada para uma espécie de ícone messiânico entre os desajustados de Gotham. A história, uma mistura de musical e tragédia psicológica, explora o conceito da "folie à deux" — o delírio compartilhado entre duas mentes doentias. O caos, que antes era apenas uma faísca, agora se transforma em um incêndio de destruição total.
Ah, "Coringa"! Um espetáculo deprimente do homem sem Deus. Gotham, uma cidade em colapso, não é nada mais do que o espelho da alma moderna, onde a fé foi substituída pelo caos, onde o riso é uma gargalhada de desespero. Arthur Fleck, meus amigos, não é um simples vilão de HQs. Ele é o filho pródigo que nunca volta ao pai. Ele caminha pelas ruas sujas de Gotham como quem faz uma via-crúcis, mas sem redenção à vista. Ele é o resultado de uma sociedade que arrancou Deus do coração e, no lugar, deixou apenas o vazio. Que triste espetáculo!
O primeiro filme é a parábola do homem que busca a verdade ao rejeitar a fé — e só encontra a loucura. O Coringa de Joaquin Phoenix, com sua risada amarga, é o filho sem pai, o homem que ninguém quer salvar. Nelson não perderia a chance de ironizar: "Arthur Fleck queria encontrar sentido na vida, mas descobriu que o sentido se perdeu na sarjeta, junto com sua sanidade."
Agora, em Coringa 2, a coisa fica ainda mais trágica. Arthur Fleck, o palhaço maldito, agora se eleva ao status de messias dos desesperados. E o que isso nos diz? Ah, meus caros, o homem sem Deus sempre acaba procurando um falso ídolo para adorar. Harley Quinn, com sua loucura compartilhada, é apenas mais uma peça nesse teatro do absurdo. Nelson, com sua sagacidade de sempre, certamente diria: "Estamos assistindo à ascensão de um anticristo com maquiagem de palhaço. Mas, ao invés de cruzes e sermões, ele nos oferece violência e caos, e nós aplaudimos."
No fim, Nelson concluiria sua crítica com uma frase cortante: "O que os dois filmes do Coringa nos ensinam é o que acontece quando o homem se esquece de que foi feito à imagem e semelhança de Deus. Ele se desfigura, vira um monstro. E nós, espectadores, rimos. Não rimos de alegria, mas de desespero. Porque no fundo, sabemos que também estamos perdidos."
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